Presume-se que a Ameixa d’ Elvas teve origem em França, tendo sido inicialmente importada como uma árvore ornamental para jardim. Esta fruta tem sido famosa desde a época de Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. A sua fama espalhou-se até a Grã-Bretanha, onde foi muito apreciada. O próprio Lord Wellington pediu para lhe ser servida esta fruta durante o tempo que passou em Portugal. Em 1834, José Guerra começou a produzir em grande escala esta ameixa. A Ameixa d'Elvas recebeu uma medalha de bronze na Exposição de Paris de 1855 e, em 1875, começou a ser exportada até a América. Em pouco mais de cem anos, esta fruta recebeu 203 prémios internacionais e nacionais. (Fonte: DGADR)
A Ameixa d’ Elvas confitada em calda é muito apreciada, especialmente, quando acompanhada de Sericaia- doce conventual com origem, talvez, na Índia que ultrapassou as paredes dos conventos e tornou-se num doce do Alentejo e de Elvas em particular.
Especialidade gastronómica portuguesa, muito comum nas regiões do interior, em especial no Alentejo, nas épocas do Carnaval e Natal. É uma massa frita feita com ovos, banha, manteiga, aguardente, açúcar, sal e farinha até tender.
Tradicionalmente as filhoses eram feitas na quinta-feira das comadres (quinta-feira anterior ao Carnaval) para se presentearem as comadres, familiares e amigos. Em qualquer casa se encontrava uma mesa cheia de pratos com fritos e outros doces, durante toda esta época.
Na Serra D´Ossa, serra do Alto Alentejo, situada entre Estremoz e Redondo, existe um conjunto fatores ambientais ideais para a produção de mel. Desta flora é extraído um mel com aroma, cor e sabor muito específicos.
O Mel é o único produto alimentar produzido por insetos e possui todos os ingredientes necessários para nos manter vivos. Ele contém água, vitaminas, minerais e enzimas necessárias para fornecer energia ao corpo.
O Mel é utilizado na nossa alimentação e são lhes reconhecidas muitas propriedades terapêuticas, como por exemplo: aumentar as defesas do corpo; aliviar a dor de garganta, asma e tosse; tratar problemas gastrointestinal; melhorar a saúde do coração, do colesterol e diminuir os triglicerídeos; combater bactérias e fungos em feridas e ajudar na memória e ansiedade.
Bolo em forma de quadrado ou de retângulo, de feitura simples e fabricado com ingredientes «modestos», tem certamente uma origem popular. Fabricado com massa de pão de trigo, açúcar, azeite, banha e canela.
Começou por ser confecionado com o aproveitamento dos restos de massa do pão de trigo obtidos durante a «amassadura» e sem ovos. Amassavam-se os bocados de massa de pão com as gorduras, o açúcar e a canela até se obter uma massa pastosa que se levava a cozer no forno durante a cozedura do pão ou imediatamente após, em tabuleiros untados com banha.
Era, e ainda o é, utilizado como um suplemento alimentar, consumido ao pequeno-almoço, ao lanche ou durante o dia, sobretudo nas zonas rurais onde ainda se fabrica pão artesanalmente.
Numa região que durante décadas foi o “celeiro de Portugal”, o pão só podia ser farto e do melhor. Mas mesmo antes das planícies alentejanas se encheram de searas douradas já este alimento fazia parte do quotidiano das gentes do Alentejo, tornando-se naquilo que ainda é hoje: o pão nosso de cada dia. Reza a história que foram os romanos a intensificar a panificação na Península Ibérica, embora haja vestígios anteriores de um tipo de fermentação (a partir da espuma da cerveja) que fazia um pão diferente, mais leve e esponjoso. Com a ocupação moura em Portugal, a cultura alimentar muçulmana passou a fazer parte do ADN da gastronomia alentejana, influenciando até a forma de comer o pão. De facto, uma das mais antigas receitas muçulmanas – o tharid ou târida – já fala do pão mergulhado num caldo aromático e temperado com azeite, ao qual ainda se podia juntar carne ou vegetais. Tal qual as açordas ou o ensopado alentejano…
Já no final do século XIX, o fabrico do pão no Alentejo refletia o estatuto social e económico de quem o consumia. Um texto da época revela que o pão de trigo – branco e ralo – era “respetivamente para amos e criados de portas adentro”, enquanto o de centeio “denominado macarrote” estava destinado aos “criados e malteses” e o pão de farelos de centeio, “as perruanas”, servia de alimento aos “os cães de gado”.
Fonte: Lifecooler
É quase certo que este manjar tenha origem monástica, vindo das mãos delicadas de freiras alentejanas.
A Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural fala de possível criação do Convento de Nossa Senhora da Esperança no século XVI e de posterior adaptação do Convento de Santa Clara no século XIX – assumimos que o primeiro convento mencionado seja o de Vila Viçosa e o segundo o de Évora, mas a descrição não especifica.
Quanto à razão para o nome, o desconhecimento impera. Aventura-se uma hipótese relacionada com o largo tempo que o bolo consegue aguentar em caixa fechada sem perder qualidade, levando a que seja comido em alturas em que já deveria estar putrefacto.
Até há poucos anos atrás, era um dos bolos que não faltava nas cozeduras de fornos a lenha, que se faziam na época da Páscoa. Este bolo era dos últimos a ser consumido por ter um longo período de conservação.
Fonte: https://www.portugalnummapa.com/bolo-podre/#prettyPhoto